Antes de qualquer coisa, eu quero te perguntar:
Você sabe do que você é capaz?
Quais são as suas principais qualidades?
Você sabe quais são as suas habilidades naturais?
E você também sabe quais são as suas principais falhas e fraquezas?
Quais são os seus pontos fracos?
Aquelas coisas que te consomem energia?
A maioria das pessoas está limitada pela sua própria falta de conhecimento.
Mas não de qualquer conhecimento.
Pela sua falta de conhecimento sobre si próprio.
Porque a maioria das pessoas não tem pleno conhecimento
sobre as suas próprias aptidões e nem sobre as suas próprias deficiências.
A maioria sabe superficialmente sobre si ou apenas pensa que sabe.
A maioria das pessoas perde pouco tempo
com os olhos voltados para o próprio umbigo.
Mas não de forma egoísta, procurando satisfazer seus próprios desejos.
Isso todos nós fazemos em excesso até.
Olhamos pouco para o nosso umbigo,
no sentido de que nos observamos muito pouco.
Observamos pouco o nosso próprio corpo, o que ele precisa, o que ele não precisa.
Observamos pouco a nossa mente, o que ela fala, o que ela silencia.
Observamos pouco as nossas qualidades e defeitos,
o que fazemos com mais maestria e facilidade,
e o que temos mais dificuldade e limitação.
Por isso a grande maioria tem medo de ir além.
Porque se sentem inseguros.
Porque acreditam que não são capazes o suficiente.
A limitação de sua mente acaba limitando as suas ações,
porque essas pessoas não se apropriam das qualidades e dos defeitos que possuem.
A insegurança é a grande vilã de nossas vidas.
Nós não nos sentimos bons o suficiente
e por isso não nos sentimos confiantes para dar passos mais largos em nossa jornada.
Mas nós só sentimos insegurança porque não conhecemos plenamente quem somos.
Porque não atentamos para as nossas qualidades e nem para os nossos defeitos.
Perdemos tempo demais de nossa atenção,
focados em observar as qualidades e os defeitos que os outros possuem.
Os outros parecem sempre melhores nas qualidades e muito piores nos defeitos.
Somos mestres em avaliar e julgar as qualidades e os defeitos dos outros.
Se gastássemos toda essa energia para voltar o nosso olhar para nós mesmos,
para avaliarmos e julgarmos quem somos,
compreenderíamos a dimensão das nossas qualidades,
e a real dimensão dos nossos defeitos.
Com esse simples conhecimento já seríamos capazes de enxergar
para onde deveríamos direcionar os nossos esforços,
e no que precisaríamos investir nosso tempo para aprimorar nossa vida.
Para termos sucesso, para conquistarmos nossos sonhos,
É fundamental, portanto, termos conhecimento pleno de quem somos.
Porque só quando sabemos quais são as nossas principais qualidades,
é que podemos transformá-las em ferramentas de crescimento pessoal e social.
E só quando sabemos quais são as nossas principais falhas e fraquezas
é que podemos administrá-las para que elas não sejam sugadoras de nossa atenção.
Portanto, para termos sucesso é primordial termos autoconhecimento.
É essencial termos autoconsciência.
Se não tivermos conhecimento pleno
das qualidades que possuímos e dos defeitos que temos
poderemos conquistar muita coisa,
mas com certeza não iremos tão longe quanto poderíamos ir.
Porque não estaremos aproveitando todo o nosso potencial.
E porque estaremos sendo limitados pelas nossas próprias fraquezas.
Conhecer a si mesmo é portanto a resposta de um milhão de dólares.
É a porta de entrada de todas as conquistas.
Desde a Grécia antiga, o Templo de Apolo em Delfos,
que remonta ao século IV antes de Cristo,
já possuía escrito em sua entrada o seguinte aforismo:
"Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo".
Então essa é a primeira ferramenta fundamental
para conquistar os nossos sonhos,
para que possamos ultrapassar os nossos próprios limites.
E como podemos transformar nossas qualidades
em ferramentas de crescimento pessoal?
E como podemos administrar nossos defeitos
para que eles não suguem toda a nossa energia?
De acordo com o taoismo, tudo é representado de forma dualista.
Bem e mal, positivo e negativo, feminino e masculino,
dentro e fora, explosão e implosão. vazio e cheio.
A dualidade é, na realidade, duas forças opostas que se complementam.
Uma força contém a outra força,
de modo que ambas se mantenham sempre em equilíbrio.
Assim, tudo se resume a uma questão de equilíbrio de forças.
Porque nada é totalmente branco e nem totalmente preto.
Nada é totalmente bom e nem totalmente ruim.
Porque sempre teremos qualidades e sempre teremos defeitos.
Então, não adianta querer silenciar uma força,
ou pretender eliminar uma qualidade ruim.
Assim como as ervas daninhas nascem em todo e qualquer lugar,
também os defeitos e falhas, os nossos pontos negativos,
nascem em nós, quer queiramos ou não.
Isso é algo que não podemos evitar.
O que podemos fazer é dar atenção para cuidar das rosas em nosso jardim.
Quando cuidamos das rosas no jardim,
limpamos o terreno com frequência,
adubamos a terra, controlamos as pragas.
Mas nosso objetivo não é arrancar as ervas daninhas que sempre surgem.
Fazemos isso, porque estamos focados
em deixar nossas roseiras cada vez mais bonitas.
Para o taoismo é ineficiente focarmos em suprimir ou reduzir os nossos defeitos,
Em buscarmos não ser assim ou assado.
Porque nunca seremos perfeitamente bons.
Porque sempre surgirão novas falhas, novos pontos negativos em nossa personalidade.
E para tudo aquilo que a nossa mente direciona a sua atenção,
nós nos agarramos mais, nós nos apegamos mais, nós resistimos mais para largar.
Então, a grande sacada é não mexermos nos nossos defeitos.
É não focarmos a nossa atenção em tentar controlá-los, em tentar suprimi-los.
Porque eles sempre existirão.
E porque quanto mais tentarmos nos livrar deles, mais eles resistirão a nos abandonar.
Então, o que devemos fazer é trabalhar com as nossas qualidades.
É direcionarmos a nossa atenção para desenvolver e aprimorar
as características que possuímos e que nos destacam positivamente dos demais.
O que devemos fazer é focarmos a nossa atenção
para expressar mais e mais as nossas qualidades.
Se fizermos isso, em algum momento
as nossas qualidades tomarão um espaço maior em nossas ações,
e terão um campo de importância maior em nossas vidas e em tudo o que fazemos.
Quanto maior espaço e atenção damos às nossas qualidades
maior espaço elas tomam em nossas ações e em nossos pensamentos.
Consequentemente, menos espaço sobra para os nossos defeitos se expressarem.
Eles continuam existindo.
Mas nós optamos por focar nossos esforços em expandir nossas qualidades
e em ignorar os nossos defeitos.
Nós permitimos que nossas qualidades ecoem para o mundo,
e deixamos de dar voz para os nossos defeitos.
E essa é a segunda ferramenta fundamental para conquistar os nossos sonhos.
Aprender a alimentar apenas as qualidades que possuímos
e não focar nossa atenção nos nossos defeitos.
É compreender a diferença sutil que existe em limpar o jardim
para permitir que os roseiras floresçam,
em vez de limpar o jardim
porque quer se livrar das ervas daninhas.
É preciso compreender que faz parte da nossa natureza
possuirmos defeitos e falhas, sentirmos ódio e frustração.
Contanto que saibamos quais são nossos defeitos e falhas,
que saibamos da existência desses sentimentos.
E para diminuir o campo de atuação desse lado B que possuímos
precisamos fazer crescer o campo de atuação do nosso lado A,
das nossas qualidades, dos nossos sentimentos mais nobres.
Precisamos cultivar as nossas qualidades
para que elas se equilibrem com os nossos defeitos e falhas.
Para que as nossas qualidades não sejam suprimidas por nossos defeitos e falhas.
Essas duas ferramentas são fundamentais
para que você consiga conquistar os seus sonhos e alcançar a sua melhor versão.
A primeira, trabalhar a autoconsciência, desenvolver o autoconhecimento,
saber com bastante clareza quais são as suas principais qualidades,
quais são as suas habilidades naturais,
e conhecer com certeza seus defeitos e falhas.
A segunda, focar toda a sua atenção apenas para desenvolver e aprimorar
suas qualidades e habilidades,
e não dar voz para os seus defeitos e falhas.
TEMPO DE MEDITAR | Daiana Oliveira