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Vamos falar sobre a lei da doação?



Segundo os conhecimentos hinduístas existem algumas leis que regem o universo, algumas forças naturais que colocam tudo em movimento. Assim como a lei da gravidade e a força que ela gera sobre os corpos.


E Deepak Chopra estruturou essas forças em sete leis, e denominou essas leis de "Leis Espirituais do Sucesso", porque uma vez que compreendemos como essas leis agem, como elas atuam, nós podemos usá-las para o nosso próprio benefício. 


Quando compreendemos essas leis, nós podemos manipulá-las para construir a nossa vida, para criar e nos expressar melhor no mundo.

Assim como fizemos com a lei da gravidade. Depois que compreendemos como essa força age sobre os corpos, nós conseguimos manipulá-la para construir aviões.


E a segunda lei espiritual do sucesso é a lei da doação.

E para compreender essa lei, antes de tudo é preciso compreender que o universo não é estático. 

É preciso perceber que o universo está o tempo todo em movimento.


E a grande questão é: como que o universo se movimenta? 

O que faz com que o universo esteja constantemente em movimento?


E é aqui que começa a nossa compreensão sobre como funciona a lei da doação.

O universo se movimenta constantemente por meio de trocas dinâmicas.

E trocas dinâmicas são movimentos de entrega e movimentos de recebimento.

Trocas dinâmicas são movimentos de dar e movimentos de receber.

Assim como nos contratos e nas transações que fazemos ao comprarmos qualquer coisa.

Nós entregamos algo para receber algo em troca.

Ou seja, todos os movimentos do universo ou são movimentos de entrega, ou são movimentos de recebimento. 

Absolutamente todos.


E são essas trocas de vazio e cheio, de vazio e preenchimento, de vontade e satisfação que coloca tudo o que existe em movimento.


Existe o copo vazio, desejando ser preenchido. E existe o líquido que preenche o copo.

Essas necessidades de receber de um lado e essas necessidades de dar de outro lado, é que coloca tudo no mundo em movimento.

Por exemplo uma planta. 

A planta sente necessidade de água para que ela possa crescer.

Então para saciar essa necessidade que ela tem de receber água, ela precisa que o solo possua água disponível para lhe dar.

Quando o solo está úmido e a planta precisa de água, começa um movimento de absorção, chamado de osmose.

Pela osmose, a planta equilibra a quantidade de água que possui internamente, com a quantidade de água que existe no solo.

Ou seja, quando a planta tem menos água do que o solo, ela automaticamente recebe água do solo, para se equilibrar.


E dentro da planta esse movimento também ocorre. 

Esse movimento de vazio e preenchimento, de doação e recebimento segue pelos caules, folhas e frutos. 

A água sobe pela planta por meio desses movimentos de osmose. Em que uma célula com menos água recebe o excedente da célula com mais água, para ficar em equilíbrio. 

E todo esse movimento decorrente da necessidade de receber e da necessidade de dar, ocorre sem gasto algum de energia.

É um processo extremamente eficiente.

E é esse processo que coloca toda a vida em movimento contínuo.

E movimento contínuo sem desperdício algum de energia.


Essas trocas dinâmicas de dar e receber é que colocam o universo em movimento ininterrupto.

Essas trocas dinâmicas que vão construindo a evolução de todas as coisas.


No livro, Deepak Chopra explica de forma muito simples como a lei da doação coloca tudo em movimento.


"Enquanto você pratica a yôga, a Lei do Dar e Receber está ativa sempre que você respira.

Cada vez que você inspira e solta o ar, você permuta 10 bilhões, de trilhões de átomos, com o ambiente.

Inspire neste exato momento o mais profundamente que conseguir e retenha o ar. 

Prenda o máximo de tempo que puder e observe como você começa a sentir um desconforto quando se agarra a algo cujo propósito é ser liberado.

Agora solte o ar o mais que puder e prenda a respiração com o pulmão completamente vazio.

Uma vez mais, sinta o desconforto que surge quando você se recusa a aceitar algo de que necessita.

Sempre que você resiste à Lei do Dar e Receber, a sua mente fica ansiosa e o seu corpo sente desconforto."

Nos estudos de cabala é dito que nós somos como vasos vazios. 

E esse vaso que somos, é um vaso de desejos. Nós somos um vaso de desejos que querem ser preenchidos.

E todos os nossos movimentos são para preencher esses desejos.

Nós temos desejo, vontade de comer, por isso movimentamos os nossos braços para colocar a comida na nossa boca.

Nós temos desejo, vontade de beber água, por isso levantamos da cadeira, pegamos um copo, enchemos de água e levamos até a nossa boca.

E segundo a cabala existem vários níveis de desejo.


Mas a questão aqui é que assim como visto pelo hinduísmo, e descrito por Deepak Chopra de forma mais didática, tudo no universo se movimenta para preencher esses vazios.

Dar e receber, portanto, é o que coloca tudo no universo em movimento.

Sem essas trocas dinâmicas, o universo seria estático.

Não haveria criação, não haveria desenvolvimento, não haveria vida.

E dar e receber são os dois lados da mesma moeda. 

São as duas forças que operam sobre o mesmo ponto.

Ou seja, receber é o mesmo que dar.

Receber e dar são, na verdade, a mesma coisa.

Porque dar e receber são apenas aspectos diferentes do mesmo e único fluxo de energia universal.

É como um trem parado na estação.

Há pessoas chegando e pessoas partindo. Mas é o mesmo trem, é o mesmo trajeto, é o mesmo fluxo.

Apenas as pessoas é que estão em direções opostas do mesmo fluxo.

Como diz a letra da música da Maria Rita:


São só dois lados da mesma viagem

O trem que chega é o mesmo trem da partida

A hora do encontro é também a hora da despedida


E se dar e receber é o que coloca o universo em movimento, quando nós interrompemos esse fluxo, de qualquer um dos lados, nós interferimos na inteligência da natureza.

Ou seja, quando nós deixamos de dar, ou quando nós deixamos de receber, nós impedimos que esse fluxo de energia circule naturalmente.


Quando nós não damos o que temos que dar, ou quando nós não recebemos o que temos que receber, nós interferimos no movimento do universo. 

Nós repreendemos a troca dinâmica na qual o universo opera, na qual todo o mundo se movimenta.

Quando não damos o que temos que dar ou quando nós não recebemos o que temo que receber, nós bloqueamos o desenvolvimento e a evolução das coisas.


Então, a Lei da Doação, não é só uma questão de saber dar, como pode parecer, mas é também uma questão de saber receber.

Porque dar e receber são os dois lados dessa mesma força.


Ou seja, para colocar essa força em ação, nós precisamos aprender a dar, e dar genuinamente, dar de coração, dar com a intenção de dar. E precisamos nos policiar para fazer isso sempre.

Não adianta dar apenas quando achamos devido.

Não adianta dar apenas para quem achamos que merece.

Não adianta dar apenas para quem gostamos.

Não adianta dar apenas para mostrar para os outros a sua bondade.

Não adianta dar apenas o que não queremos mais.


Quando fazemos isso, não estamos dando de coração. 

Quando fazemos isso, a nossa intenção é inadequada, é inapropriada, não é verdadeira, não é forte.

Porque o nosso ato de dar está repleto de julgamento. Do nosso julgamento sobre o que nós consideramos certo e errado. Do nosso julgamento sobre o que nós consideramos justo e injusto. E quem somos nós para fazer qualquer julgamento dessa natureza?

Quando fazemos isso, nós estamos dando mas estamos imbuídos de vaidade. Esse pecado capital que desvirtua a intenção das nossas ações.


Como consta na Bíblia, no livro dos CORÍNTIOS, capítulo 13, versículo 3:

Mesmo que eu dê aos necessitados tudo o que possuo e entregue o meu próprio corpo para ser queimado, 

se não tiver amor, todas essas ações não me trarão qualquer benefício real.

E para colocar essa força em ação, nós precisamos também aprender a receber, e a receber genuinamente, receber de coração, receber com a intenção de receber.

E não adianta apenas agradecer quando recebemos algo. 

Não adianta sempre dizer "Obrigada" ou "Gratidão". 

Não adianta receber apenas o que gostamos.

Não adianta receber apenas de quem queremos bem.

Não adianta receber apenas o que achamos justo.

Não adianta receber apenas aquilo que queremos.

Quando fazemos isso, não estamos recebendo de coração. 

Quando fazemos isso, a nossa intenção é inadequada, é inapropriada, não é verdadeira, não é forte.

Porque o nosso ato de receber também estará repleto de julgamento. 

Porque também estaremos julgando se o que recebemos é certo ou errado.

Também estaremos julgando se o que recebemos é justo ou injusto.

E mais, quando fazemos isso, nós também estamos recebendo, mas cheios de vaidade. 

E a vaidade desvirtua as nossas ações.

O ato de receber e agradecer deve ser muito mais profundo do que apenas pegar para si e dizer "Gratidão", "Obrigada". 

Porque não basta ser grato pelo que o mundo lhe fornece, é preciso tomar posse de tudo o que o mundo nos concede.

Muitas vezes nós somos gratos por tudo o que temos ou que somos, mas nós temos receio de expor tudo o que temos e de expor tudo o que somos. 

Ou porque nós não nos sentimos merecedores, ou porque temos medo, ou porque temos vergonha, ou mesmo porque somos arrogantes e não queremos o que temos, não queremos ser o que somos.


Mas o que coloca o mundo em movimento não é simplesmente dizer "Gratidão", dizer "Obrigada", e muito menos dizer isso apenas para o óbvio, para aquilo que nos faz bem, para aquilo que queremos.

O que coloca o universo em movimento, são as trocas efetivas, são os verdadeiros recebimentos e as verdadeiras doações.

Quando agradecemos por algo, mais do que agradecer, nós devemos tomar posse, nós devemos nos apropriar do que temos, do que recebemos e do que somos. Nós devemos nos sentir donos de tudo o que temos e recebemos. 

Devemos nos sentir o Capitão do nosso navio e de tudo o que tem nele.

Quando agimos assim, quando nós nos apropriamos de tudo o que nos é dado, seja bom ou mal, nós entramos na dinâmica do fluxo do universo.

Por isso quando nós agradecemos pelo que temos e pelo que somos, nós devemos receber de braços abertos, devemos nos apropriar do que nos é dado.

E da mesma forma, quando damos, devemos nos desapegar completamente, devemos entregar de coração, devemos nos desvincular do que damos.

Devemos deixar tudo isso fluir na nossa vida, no mundo, no universo.

Devemos permitir esse fluxo de energia.

E mais devemos entrar, imergir nesse fluxo de energia.


Ou seja, não basta só o ato físico de dar e de receber. Mais importante do que isso, muito mais importante do que isso, é a intenção colocada por trás do nosso ato de dar e do nosso ato de receber.

É a intenção que temos em nossos corações no momento em que doamos, e é a intenção que temos em nossos corações no momento em que recebemos que coloca tudo em movimento.

É a intenção por trás desses atos que cria uma conexão entre o ato puro e simples e toda a energia que movimenta o universo.

É a intenção que na verdade ativa a lei da doação. É a intenção que coloca a lei da doação em ação.

E aqui é que está a relação dessa lei com o Projeto Tempo de Meditar. 

Porque o segundo pilar desse projeto, é a meditação. 

Mas não a meditação apenas para nos manter plenamente atentos, ou presentes no momento.

A meditação como uma ferramenta de equilíbrio interno.


A meditação equilibra as nossas intenções internas.

Porque nós temos uma natureza bivalente. Nós sentimos alegria e tristeza. Nós sentimos amor e ódio.

Mas por meio da meditação, nós podemos diariamente recalibrar essa balança interna das nossas intenções.

Porque não adianta apenas doar e não adianta apenas receber.

É preciso doar com amor e receber com amor. 

É preciso doar sem julgamento e receber sem julgamento. 

É preciso doar sem vaidade e receber sem vaidade. 

E isso não é sempre fácil e nem natural.

Por isso precisamos diariamente nos vigiar. 

Por isso precisamos diariamente recalibrar a nossa balança interna.

Por isso precisamos diariamente nutrir os nossos corações, as nossas mentes e as nossas ações de amor.

Assim vamos impedindo que o outro lado das nossas intenções aumente de tamanho, se prolifere.

Impedimos que esse lado B nosso seja maior do que o nosso lado A.


Então, a Lei da Doação é uma força que coloca tudo em movimento no universo.

E essa força flui por meio dos atos de dar e de receber de tudo o que existe.

Quando não damos o que temos que dar ou não recebemos o que temos que receber, nós obstruímos o fluxo dessa força.

E quando essa força é obstruída nós paramos de desenvolver, de evoluir.

Sempre que o sangue pára de correr, ele começa a coagular.

Por isso precisamos ficar abertos à ideia de dar e receber para manter essa força vital circulando dentro de nós.

E para manter essa força fluindo em nós e no mundo, o mais importante é a intenção por trás das nossas ações de dar e de receber.

Porque é a intenção que vai reverberar por meio da nossa ação de dar e de receber.

É a intenção que vai direcionar os nossos atos de doação ou de recebimento.

É a intenção que coloca toda a energia do mundo em movimento.

Mas como podemos direcionar as nossas ações de doação e de recebimento?


Deepak Chopra aponta 4 formas para que possamos trabalhar a lei da doação, aplicando a intenção correta no direcionamento dos nossos atos.

São quatro formas de treinarmos a nossa mente para agirmos dentro dessa lei espiritual.

São quatro formas de internalizarmos a lei espiritual da doação.

E são elas:


1. Devemos dar um presente em todo lugar onde formos, e a todos que encontrarmos.

Não precisa ser um presente comprado, nem preciso ser um presente físico.

E aqui o importante é que não é apenas presentear aqueles que queremos bem, isso é fácil. 

Difícil é presentear, mesmo que com pensamentos de boas intenções, aqueles que não nos agradam. 

Mas é quando agimos nesse campo, que entramos mais profundamente na lei da doação.


2. Devemos receber agradecidos, diariamente, todas as dádivas que a vida oferece.

Aqui também o importante não é apenas agradecer o que é legal, o que é bom, o que nos deixa felizes, porque isso é fácil. 

Difícil é agradecer genuinamente tudo aquilo que não nos agrada. 

Mas quando fazemos isso, nós mergulhamos ainda mais fundo na lei da doação, nós deixamos um fluxo ainda maior dessa força entrar em nossa vida.

3. Devemos assumir o compromisso de manter a riqueza circulando em nossa vida, dando e recebendo os mais preciosos presentes: carinho, afeição, apreço, amor.

Porque como vimos no processo de movimento da água dentro da planta, a osmose, esse movimento de desenvolvimento e de evolução não tem gasto de energia, é limpo.

Assim também ocorre com o carinho, a afeição, o apreço, o amor. Não tem gasto de energia. 

Se essas atitudes estiverem consumindo energia, é porque alguma coisa está errada. 

Porque a raiva, o ódio, a discussão, o desentendimento, tudo isso consome energia. Então não é vitalmente eficiente.


4. E devemos desejar em silêncio, felicidade e muita alegria toda vez que encontrarmos alguém.

Porque toda vez que desejamos algo para os outros, nós liberamos espaço dentro de nós, para receber essa mesma coisa dos outros.

Por isso tudo o que damos para os outros, retorna para nós. Porque nós liberamos espaço para que aquilo continue circulando em nossa vida.

Permitimos o fluxo de dar e receber que coloca o mundo em movimento.

E pra finalizar, quais são as características da Lei da Doação?


Essa lei é representada pelo dia da semana de Segunda-Feira.

O dia em que toda a criação começou a entrar em movimento.


Seu mantra é "OM VARDHANAM NAMAH"

Que significa "Eu sou aquele que alimenta o universo"

O chacra da Lei da Doação é o QUARTO chacra, localizado no coração, age no plexo cardíaco, e influencia a glândula Timo.

É o chacra do CORAÇÃO, conhecido como ANAHATA.

A cor desse chacra é verde. 

Quando está circulando é o verde da nutrição, mas quando está congestionado, pode ser o verde da inveja.


Este chacra está associado ao elemento do AR e ao sentido do TATO, e ele representa a energia unificadora do amor e da compaixão, a superar a separação e a divisão.


TEMPO DE MEDITAR | Daiana Oliveira

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